Com olhar incomparável, sinuosidade nas passadas e a cauda dançando no ar, os felinos silvestres são pura elegância. Além da onça-pintada, onça-parda e jaguatirica, mais cinco outros felinos compõem a biodiversidade brasileira.
Esses magníficos predadores são pouco conhecidos do grande público. São espécies selvagens, dispersas e desprotegidas em nossas paisagens. Vivem ameaçados pelo homem, espreitam em busca da caça escassa e tentam sobreviver ilesos aos atropelamentos às margens das estradas que cortam seu habitat.
Este livro procura apresentar esses animais e revelar como a ameaça a eles é uma ameaça à vida humana. Há boas notícias também: pesquisadores, cientistas e associações de defesa animal trabalham para reverter esse processo.
Uma iniciativa pequena diante da urgência em salvar essas espécies. Uma leitura urgente diante da importância em preservá-las e garantir que sejam conhecidas pelas futuras gerações.
LEVE O SEU! contato@neoanima.com.br, (11) 5505 1100
“Rifle de caçador mata jaguatirica. Carro também. A mão pesada do homem quando não mata o bicho, destrói a floresta e a jaguatirica não tem o que comer. Para muitos felinos, o homem é o inimigo. Menos para mim. Nasci graças à mão do homem. Sou uma filha da proveta. Fui concebida em um laboratório. Um capricho dos cientistas. Quem são meus pais biológicos, não sei. De um lado veio um óvulo, de outro o espermatozoide e aí nasceu Lua, eu, muito prazer. Sei que o progresso que o humano comanda põe em dúvida o nosso futuro de bicho. Mas também pode ser a resposta para a gente sonhar com um futuro. Tem sabedoria também no bicho homem, que replicou no laboratório o fluxo genético que mantém a minha espécie. Na natureza, os filhotes machos são despachados para outras bandas, longe de onde nasceram, para espalhar seus genes em mais territórios. Comigo os cientistas copiaram a natureza e procuraram a combinação certa, só que na proveta.
Sou uma boa mistura. Ou era melhor ter deixado a natureza agir? Não sei. Ela anda enfraquecida, doente. E só com ela eu não estaria aqui. Sou fruto daquela combinação, daquele instante, dentro daquele laboratório. Sou o que pode ser feito agora, para que outras iguais a mim existam no futuro...”
Nome científico: Leopardus Pardalis
Outros nomes: jaguatirica, maracajá-verdadeiro
Classe: Mammalia (mamíferos)
Ordem: Carnivora (carnívoros)
Família: Felidae (felídeos)
Sub-família: Felinae (felinos)
Gênero: Leopardus
subEspécies no brasil: L. p. pardalis, L. p. mitis
Situação de extinção: Fora de perigo imediato de extinção
“Meu sotaque é manso, sou mineiro, sô. Meus irmãos e eu nascemos para os lados de Uberaba. Se fosse de Santa Catarina seria um leão baio, bah, mas aqui, em São Paulo, sou suçuarana ou onça-parda. Éramos três, hoje só restam dois. E nem nos damos bem. Coisa de macho, luta pela dominância. Fica cada um para o seu lado, esquecido um do outro. Minha terra natal fica no coração de Minas Gerais. Nos campos floridos, um paraíso para a onça-parda. Paraíso também para o gado e os animais domésticos, é aí que a coisa complica. Até que me adapto, adoro o Cerrado, gosto da floresta, vivo bem na Caatinga e me divirto em um descampado, mas me colocar no meio do gado e dos animais domésticos, é muita tentação... Fui arrancado cedo do meu chão. O que três filhotes podiam fazer de mal? Não sei, não. Nem conheci meu Cerrado, os dias quentes de verão, as árvores retorcidas... Lembro de nada, não, já se vão 14 anos. Mudamos de terra e de identidade. Meu irmão fazia barulho de pássaro, virou Bem-te-vi. De tabela, ganhei nome Curió e o outro irmão, Sabiá. Éramos quase bebês. Tomei leite de mamadeira. De duas em duas horas. Veterinária travestida de mãe. Mãe que não conheci. Veterinária dava leite. Veterinária fazia massagem para defecar. Veterinária estimulava para urinar. Veterinária com algodão molhado como lambida. Veterinária. Veterinária. Acostumei. Hoje o bicho homem para mim é como se fosse da família. Mais que meu irmão...”
Nome científico: Puma concolor
Outros nomes: onça-parda, suçuarana, leão-baio, onça-vermelha, leão da montanha
Classe: Mammalia (mamíferos)
Ordem: Carnivora (carnívoros)
Família: Felidae (felídeos)
Sub-família: Felinae (felinos)
Gênero: Puma
subEspécies no brasil: P. c. capricornensis e P. c. greeni
Situação de extinção: vulnerável
“Adoro uma árvore. Pular de um galho para o outro. Ficar de ponta cabeça. Escalar um tronco em um piscar de olhos e ali ficar para caçar filhote de pássaro desavisado. Instinto para isso, gato-maracajá aprende no berço, quando é livre, vendo a mãe imitar barulhinho para atrair o bicho.
Na natureza, as árvores é que me dão tudo o que preciso, por isso, tecnicamente os gatos da minha espécie são tidos como arborícolas. Não que tenha asas nem outro atributo para voar, não. Sou gato, no nome e na raça. No instinto e na agilidade. Mas me acostumei a conviver com humanos desde muito cedo, tanto que fui até batizado: Mandioca, nome escolhido por uma dupla de estagiárias americanas que se encantaram com os sabores deste nosso Brasil, e comigo também. Foi pelas mãos delas que vim morar na Mata Ciliar.
Tem outros da minha espécie aqui onde moro. Uma turma mais velha, que se acostumou a ficar junta. Eu não.
Sou de poucos amigos. De poucos parentes. Não gosto de outros felinos...”
Nome científico: Leopardus wiedii
Outros nomes: gato-maracajá, maracajá-peludo, gato-peludo, gato-do-mato
Classe: Mammalia (mamíferos)
Ordem: Carnivora (carnívoros)
Família: Felidae (felídeos)
Sub-família: Felinae (felinos)
Gênero: Leopardus
Situação de extinção: vulnerável
“Nasci ao ar livre. Cheio de espaço em um canavial grande, grande. No Mato Grosso do Sul. Nós gatos-palheiros gostamos de áreas assim. Era uma boa vida. Tinha a liberdade e uma mãe que estava sempre comigo. Dava de mamar. Lambia meu corpo. Aos poucos me ensinava o que era ser um gato-palheiro. E me protegia. Cuidado com gavião, cuidado com a jaguatirica, muito cuidado porque eles são nossos predadores. Às vezes ela saia, mas depois voltava. Saía, voltava. Até que não voltou mais. Sumiu. Eu tinha dois meses.
Quem apareceu foram uns homens. Policiais que viram o canavial como um perigo para mim, e resolveram me ajudar. Fui parar em um veterinário, homem médico que ajuda animais. Ali acharam que eu era apenas gato. Acharam que eu era bonitinho. Acharam que eu ficaria bem em uma caixinha enquanto crescia. Acharam muita coisa, até que eu me enfezei.
Me arrepiei todo. Mostrei meus dentes. E fiquei bravo. Bem bravo.
Deixaram de me achar bonitinho...”
Nome científico: Leopardus braccatus
Outros nomes: gato-palheiro, gato-dos-pampas, gato-do-pantanal
Classe: Mammalia (mamíferos)
Ordem: Carnivora (carnívoros)
Família: Felidae (felídeos)
Sub-família: Felinae (felinos)
Gênero: Leopardus
Situação de extinção: vulnerável
“Sou o Grande. Um gato-do-mato-grande. Tenho 27 anos. Idade de ancião para os da minha espécie. Tenho o que os humanos chamam de qualidade de vida: alimentação regrada, exercícios diários e cuidados médicos. A fórmula funciona pois, mesmo senil, sou conhecido por caçar presas vivas com destreza e agilidade. Meus dentes são fortes, minhas garras afiadas. Nunca procriei, mas ainda poderia. Meu destino foi outro. Meu reino é um recinto de 3x5 m. Maior que muita suíte de humano por aí! Na vizinhança sei que mora uma espevitada jaguatirica. Mas nunca nos vemos. Sou fiel aos meus hábitos – suspeito que minha longevidade venha desse instinto. A manhã é sagrada para mim: fico tomando sol, deitado. Revigorado, depois disso, arrisco saltos nos troncos, às vezes brinco com uma bola ou com um coco, às vezes me distraio com um aroma diferente que é deixado ali de propósito, para despertar minha curiosidade. O pôr do sol é minha deixa: é hora de comer. Minha vida é exatamente assim há sete anos.”
Nome científico: Leopardus geoffroyi
Outros nomes: gato-do-mato-de-pelo-curto, geoffroy’s cat
Classe: Mammalia (mamíferos)
Ordem: Carnivora (carnívoros)
Família: Felidae (felídeos)
Sub-família: Felinae (felinos)
Gênero: Leopardus
Situação de extinção: está ameaçada de extinção, categoria vulnerável
“Tenho pouca história para contar. Mal nasci. Contam que fui encontrada por aí, sem mãe, perdida. Por certo estava começando a explorar o terreno, saí da área verde e fui parar na rural. Uma família me pegou. Tive uma escolha muito difícil para fazer: minha vida ou minha liberdade? Fiquei com a vida. Tenho agora pouco menos de dois meses e me sinto velha. Vai ver é porque deixei do lado de fora os campos a perder de vista, as árvores de todos os tipos, as presas saborosas... Vai ver é porque aqui dentro meu horizonte será medido em metros. Meu dia será preciso. Minha vida sem surpresas. Tudo pelo bem maior. O plano que têm para mim é virar material de estudo. Serei alimentada, agasalhada, cuidada e serei multiplicada. Isso mesmo, faço parte de um projeto de reprodução em cativeiro. Vai salvar minha espécie? Não, mas pode ajudar. Pois é, destino de adulto em corpo de filhote. Apesar de tudo, me sinto amada – um sentimento que não faz muita diferença quando estamos no habitat natural e não temos contato com o bicho homem. Mas, no cativeiro, ele é determinante. Mais do que o amor, há a sabedoria. Aqui, apesar de presa continuarei a ser silvestre. Nada de gatinha. De biluzinho. De colinho. À noite sou recolhida para a maternidade, um lugar aquecido para sobreviver ao frio do inverno, afinal, ainda sou bebê. Durante o dia tenho meu próprio recinto e posso explorar meu espaço, descobrir seus segredos...”
Nome científico: Leopardus guttulus
Outros nomes: gato-do-mato, pintadinho, gato-macambira, tirica
Classe: Mammalia (mamíferos)
Ordem: Carnivora (carnívoros)
Família: Felidae (felídeos)
Sub-família: Felinae (felinos)
Gênero: Leopardus
Situação de extinção: ameaçado
“Foi longa a viagem que me trouxe aqui. Apertado e acuado em uma caixa, na boleia de um caminhão. Saí de Alagoas, destino incerto. O motorista do caminhão me jogava uns pedaços de carne crua pelo trajeto. Enganava a fome, mas não nutria. Felino silvestre precisa de osso, de vísceras, ou seja: tudo de uma presa, esta é a carne que nos alimenta, a carne que sabemos caçar, livres, na natureza. Mas na caixa improvisada, não tinha liberdade e nem presa viva. Homem fez o que sabia. Desse tempo de filhote, me lembro da viagem e dos humanos me confundindo também com um gato doméstico. Até me davam comida na mão! Ah, se soubessem do risco. Ferocidade de gato-mourisco escondida na pelagem de filhote. Hoje, já com 6 anos, quando vejo uma vassoura nas mãos do tratador, corro para brincar com ela. E aí se tiver uma perna desavisada por perto... Não me aproximo da gente que passa por aqui cuidando de mim diariamente. E nem eles querem isso. Esperam que eu seja cada dia mais o que devo ser um gato-mourisco. Meu passado humanizado, alimentado pelas pessoas e com contato físico forçado, devia ficar esquecido. Por isso passei um tempo na reabilitação só subindo em árvore, só caçando presa viva. Deu resultado. Desenvolvi agilidade, destreza, agressividade. E uma mordida poderosa como ela só!”
Nome científico: Puma yagouaroundi
Outros nomes: gato-mourisco, gato-vermelho, gato-preto, jaguarundi e maracajá-una
Classe: Mammalia (mamíferos)
Ordem: Carnivora (carnívoros)
Família: Felidae (felídeos)
Sub-família: Felinae (felinos)
Gênero: Leopardus
Situação de extinção: vulnerável
“Acostumada às estepes e às florestas tropicais, mimetismo é meu lema. Onça de pelo escuro sei que há quem desconfie da minha identidade... Mas sou onça, sim! Preste atenção quando o sol bate nas minhas costas, olhe bem e verá minhas pintas. Sou onça-pintada. Meu pelo é escuro porque carrego na herança genética a elevada concentração de melanina. Não é doença de onça, não! É capricho da mãe natureza mesmo, essa mãe generosa que gera seus filhos sem discriminação. Sou animal nascido para ser livre, correr, saltar, caçar. Mas quase não sobrevivi para cumprir meu destino de felino. Fui ferida, passei privação, perdi meus instintos. Também fui socorrida, amparada, assistida. Não morri, mas precisei reaprender a ser bicho. Nasci onça-pintada, na Ilha de Marajó, em ninhada de dois filhotes. Eu preta, minha irmã pintada. Havia calor, a foz de um grande rio e palmeiras buriti. E havia uma mãe onça. De repente não havia mais. Sei que apareceu um bicho grande, com cheiro forte e mãos pegajosas que nos tirou dali e nos colocou em outro lugar, sem aroma de floresta nem barulho de rio. Era uma casa de bichos homens. O chão macio sob minhas patas, de uma hora pra outra, virou um quadrado de cimento com um muro ao redor; o leite quente e rico em proteína que um dia sorvi foi trocado por outro de vaca, bebido em um plástico com bico. Nada de presa para caçar, nem de espaço para correr. De vez em quando, carne pronta para comer e nunca, nunca uma árvore para subir.”
Nome científico: Panthera onca
Outros nomes: jaguar, jaguar-canguçu, jaguaretê, onça-preta ou jaraguá-pichuna (versão melânica)
Classe: Mammalia (mamíferos)
Ordem: Carnivora (carnívoros)
Família: Felidae (felídeos)
Sub-família: Felinae (felinos)
Gênero: Panthera
subEspécies: Panthera onca onca, P. onca hernandesii, P. onca centralis, P. onca arizonensis, P. onca veraencrucis e P. onca palustris
Situação de extinção: criticamente ameaçada de extinção
“Rifle de caçador mata jaguatirica. Carro também. A mão pesada do homem quando não mata o bicho, destrói a floresta e a jaguatirica não tem o que comer. Para muitos felinos, o homem é o inimigo. Menos para mim. Nasci graças à mão do homem. Sou uma filha da proveta. Fui concebida em um laboratório. Um capricho dos cientistas. Quem são meus pais biológicos, não sei. De um lado veio um óvulo, de outro o espermatozoide e aí nasceu Lua, eu, muito prazer. Sei que o progresso que o humano comanda põe em dúvida o nosso futuro de bicho. Mas também pode ser a resposta para a gente sonhar com um futuro. Tem sabedoria também no bicho homem, que replicou no laboratório o fluxo genético que mantém a minha espécie. Na natureza, os filhotes machos são despachados para outras bandas, longe de onde nasceram, para espalhar seus genes em mais territórios. Comigo os cientistas copiaram a natureza e procuraram a combinação certa, só que na proveta.
Sou uma boa mistura. Ou era melhor ter deixado a natureza agir? Não sei. Ela anda enfraquecida, doente. E só com ela eu não estaria aqui. Sou fruto daquela combinação, daquele instante, dentro daquele laboratório. Sou o que pode ser feito agora, para que outras iguais a mim existam no futuro...”
Nome científico: Leopardus Pardalis
Outros nomes: jaguatirica, maracajá-verdadeiro
Classe: mamíferos
Ordem: carnívoros
Família: felídeos
Sub-família: felinos
Gênero: Leopardus
subEspécies no brasil: L. p. pardalis, L.p.mitis
Situação de extinção: vulnerável
“Meu sotaque é manso, sou mineiro, sô. Meus irmãos e eu nascemos para os lados de Uberaba. Se fosse de Santa Catarina seria um leão baio, bah, mas aqui, em São Paulo, sou suçuarana ou onça-parda. Éramos três, hoje só restam dois. E nem nos damos bem. Coisa de macho, luta pela dominância. Fica cada um para o seu lado, esquecido um do outro. Minha terra natal fica no coração de Minas Gerais. Nos campos floridos, um paraíso para a onça-parda. Paraíso também para o gado e os animais domésticos, é aí que a coisa complica. Até que me adapto, adoro o Cerrado, gosto da floresta, vivo bem na Caatinga e me divirto em um descampado, mas me colocar no meio do gado e dos animais domésticos, é muita tentação... Fui arrancado cedo do meu chão. O que três filhotes podiam fazer de mal? Não sei, não. Nem conheci meu Cerrado, os dias quentes de verão, as árvores retorcidas... Lembro de nada, não, já se vão 14 anos. Mudamos de terra e de identidade. Meu irmão fazia barulho de pássaro, virou Bem-te-vi. De tabela, ganhei nome Curió e o outro irmão, Sabiá. Éramos quase bebês. Tomei leite de mamadeira. De duas em duas horas. Veterinária travestida de mãe. Mãe que não conheci. Veterinária dava leite. Veterinária fazia massagem para defecar. Veterinária estimulava para urinar. Veterinária com algodão molhado como lambida. Veterinária. Veterinária. Acostumei. Hoje o bicho homem para mim é como se fosse da família. Mais que meu irmão...”
Nome científico: Puma concolor
Outros nomes: onça-parda, suçuarana, leão-baio,
onça-vermelha, leão da montanha
Classe: Mammalia (mamíferos)
Ordem: Carnivora (carnívoros)
Família: Felidae (felídeos)
Sub-família: Felinae (felinos)
Gênero: Puma
subEspécies no brasil: P. c. capricornensis e P. c. greeni
Situação de extinção: vulnerável
“Adoro uma árvore. Pular de um galho para o outro. Ficar de ponta cabeça. Escalar um tronco em um piscar de olhos e ali ficar para caçar filhote de pássaro desavisado. Instinto para isso, gato-maracajá aprende no berço, quando é livre, vendo a mãe imitar barulhinho para atrair o bicho.
Na natureza, as árvores é que me dão tudo o que preciso, por isso, tecnicamente os gatos da minha espécie são tidos como arborícolas. Não que tenha asas nem outro atributo para voar, não. Sou gato, no nome e na raça. No instinto e na agilidade. Mas me acostumei a conviver com humanos desde muito cedo, tanto que fui até batizado: Mandioca, nome escolhido por uma dupla de estagiárias americanas que se encantaram com os sabores deste nosso Brasil, e comigo também. Foi pelas mãos delas que vim morar na Mata Ciliar.
Tem outros da minha espécie aqui onde moro. Uma turma mais velha, que se acostumou a ficar junta. Eu não.
Sou de poucos amigos. De poucos parentes. Não gosto de outros felinos...”
Nome científico: Leopardus wiedii
Outros nomes: gato-maracajá, maracajá-peludo, gato-peludo,
gato-do-mato
Classe: Mammalia (mamíferos)
Ordem: Carnivora (carnívoros)
Família: Felidae (felídeos)
Sub-família: Felinae (felinos)
Gênero: Leopardus
Situação de extinção: vulnerável
A Associação Mata Ciliar é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que desenvolve diferentes ações voltadas, principalmente, à preservação de matas ciliares, extensão rural e educação ambiental em diversas regiões do país. Desde 1997, sediamos o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) na cidade de Jundiaí (SP) com o intuito de prestar atendimento médico veterinário aos animais da fauna local em situação de risco. Paralelamente, criamos o Centro Brasileiro para Conservação de Felinos Neotropicais, que tem o objetivo de implantar estratégias para a conservação das oito espécies de felinos selvagens que ocorrem no país. Trata-se de um centro de referência internacional que promove pesquisas, principalmente, na área da biotecnologia aplicada à reprodução, com um programa pioneiro na técnica de transferência de embrião (TE) em uma espécie silvestre na América Latina. No nosso dia a dia, recebemos animais resgatados em consequência de tráfico, queimadas, caça, desmatamento, entre outros motivos. O nosso trabalho engloba várias ações de preservação que, ao final, convergem para um único ponto: a melhor qualidade de vida das comunidades através da conservação da biodiversidade. Isso se traduz em diferentes atividades propostas pela Associação Mata Ciliar e, sem dúvida, as mais importantes são a educação e mobilização comunitária.
A sustentabilidade tem que ser um foco em todas as esferas da nossa vivência. A Abook e a Neoânima acreditam que a difusão de conhecimento, o estímulo cultural e a geração de conteúdos pertinentes são essenciais para uma conscientização. Este projeto “Felinos – A Luta pela sobrevivência”, encontrou os parceiros certos para a sua realização: a Tetra Pak – que mais do que mero patrocinador foi essencial para trazer informações e dicas pertinentes -, a Associação Mata Ciliar – cujo trabalho é de uma excelência e nobreza incríveis -, o Peter Crawshaw – dono de um conhecimento e de experiências no terreno inimagináveis -, o Paulo Fridman – que nos trouxe o embrião desta ideia e fotografou os felinos que dão seu testemunho no livro – e a incansável dupla de jornalistas, Patricia Broggi e Adriana Teixeira – que deram o tom perfeito ao nosso livro. A estes parceiros se juntaram profissionais maravilhosos que contribuíram de forma única para que “Felinos – A Luta pela Sobrevivência” seja um livro lindo, profusamente ilustrado e que nos toca a todos: fotógrafos, equipes de produção, administrativa e técnica, bem como todos os colaboradores que sempre estiveram disponíveis em todo o processo. A todos o nosso muito obrigado, lembrando que a nossa parte de construir um mundo mais sustentável nunca se esgota, mas sim se capilariza através de ações conscientes.
A sustentabilidade tem que ser um foco em todas as esferas da nossa vivência. A Abook e a Neoânima acreditam que a difusão de conhecimento, o estímulo cultural e a geração de conteúdos pertinentes são essenciais para uma conscientização. Este projeto “Felinos – A Luta pela sobrevivência”, encontrou os parceiros certos para a sua realização: a Tetra Pak – que mais do que mero patrocinador foi essencial para trazer informações e dicas pertinentes -, a Associação Mata Ciliar – cujo trabalho é de uma excelência e nobreza incríveis -, o Peter Crawshaw – dono de um conhecimento e de experiências no terreno inimagináveis -, o Paulo Fridman – que nos trouxe o embrião desta ideia e fotografou os felinos que dão seu testemunho no livro – e a incansável dupla de jornalistas, Patricia Broggi e Adriana Teixeira – que deram o tom perfeito ao nosso livro. A estes parceiros se juntaram profissionais maravilhosos que contribuíram de forma única para que
“Felinos – A Luta pela Sobrevivência” seja um livro lindo, profusamente ilustrado e que nos toca a todos: fotógrafos, equipes de produção, administrativa e técnica, bem como todos os colaboradores que sempre estiveram disponíveis em todo o processo. A todos o nosso muito obrigado, lembrando que a nossa parte de construir um mundo mais sustentável nunca se esgota, mas sim se capilariza através de ações conscientes.
FELINOS - a luta pela sobrevivência
Editor Alberto de C. Alves
Produção Executiva Abook – Editora
Autoria Adriana Teixeira e Patricia Broggi
Curadoria Técnica Peter Crawshaw
Coordenação de Produção Dina Faria e Rodrigo Padin
Execução Neoânima Comunicação
Tradução Fernanda Sampaio
Revisão de Texto Dina Faria
Pesquisa Iconográfica Rodrigo Padin
Assessoria Contábil Beth Ceconi
Assessoria Jurídica Cesnik, Quintino & Salinas Advogados
projeto gráfico e Direção de Arte Stella Prada Ramenzoni
Web design e programação Fellipe Abreu
ilustrações Eva Uviedo
Fotografia Adriano Gambarini, Araquém Alcântara, Fábio Colombini, Luciano Candisani, Luiz Cláudio Marigo, Marcos Amend, Paulo Fridman e Zig KocH
Tratamento de Imagens, Pré-Impressão & Produção Gráfica Estúdio Matiz – Maurílio Garcia de Araújo
Impressão Ipsis
Agradecimentos Adriano Gambarini, Alberto deC. Alves, Adriana Teixeira, Allison Devlin, Araquém Alcântara, Beth Ceconi, Cristina Adania (Mata Ciliar), Dina Faria, Eva Uviedo, Fábio Dias Mazim (Ka´aguy Consultoria Ambiental Ltda), Fernanda Sampaio, Fernando VonZuben, Luciana Raposo, Maurílio Garcia de Araújo, Paulo Fridman, Patricia Broggi, Peter Crawshaw Jr., Rafael Luvizetto, Renata Fernandes, Roberto Klabin, Rodrigo Padin, Stella Prada, Tatiane Campos Trigo (Setor de Mastozoologia, Museu de Ciências Naturais Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul). E a toda equipe da Mata Ciliar, tratadores, técnicos, voluntários e equipe de apoio.